terça-feira, 22 de abril de 2008

Setor Produtivo X Meio Ambiente


Sábado 5/04/2008



Embalagens Pet


Utilizadas principalmente por indústrias de refrigerantes e sucos, as garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente só no Brasil, das quais 53% não são reaproveitadas. Com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Entre 1995 e 2005, a produção de PET, o plástico politereftalato de etila, para a fabricação de garrafas subiu de 120 mil toneladas para cerca de 374 mil toneladas, alavancada principalmente pela indústria de refrigerante.Agora, o que tem despertado a preocupação de ambientalistas e autoridades ligadas ao setor é o interesse crescente de fabricantes de cerveja por esse tipo de embalagem.

Duas pequenas empresas já usam o produto para comercializar chope em São Paulo, e uma terceira, em Recife, está testando resina plástica para embalagem de cerveja. Segundo a engenheira química Renata Vault, seriam necessários mais 4,5 bilhões de garrafas para atender à demanda das cervejarias.Além do problema com o descarte das unidades na natureza, especialistas chamam a atenção para o fato de hoje não haver responsabilidade jurídica sobre a destinação do material por parte de quem fabrica ou consome PETs. Diferentemente do que acontece com latas de alumínio, que pela reciclagem voltam a ser latinhas, PET não pode ser transformado novamente em garrafa.Apesar de 53% da produção ainda não ser reaproveitada, especialistas também lembram que a própria reciclagem não é a melhor opção.


“A reciclagem tem um custo muito alto para o ambiente”, diz Renata Vault, que também é autora do livro Ciclo de Vida de Embalagens para Bebidas no Brasil. Para fazer a reciclagem do excedente atual, seriam necessários 224 milhões de quilowatts por hora de energia elétrica e 120 milhões de litros de água. “O ideal seria a redução do uso deste tipo de embalagem”, afirma Renata. Sobre o baixo índice de reciclagem, a engenheira diz ser difícil dimensionar se é decorrente da falta de capacidade das recicladoras ou da dificuldade de coleta.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

domingo, 20 de abril de 2008

Sobre "Talentos"


Matéria : Talento X Potencial

Por Eloi Zanetti

Fonte:




A palavra “talento” designava um valor monetário, uma moeda criada por volta de 600 a.C. na Lídia, Ásia Menor. É possível que a moeda de metal tenha sido usada pela primeira vez na China, mas foi Creso, o rei dos Lídios, quem inventou uma liga de metais preciosos - ouro e prata - para garantir o valor fixo de câmbio. O sistema foi adotado pelos gregos, persas e por todos os povos com quem comercializavam. Só por curiosidade, também foram os lídios os primeiros a usar o sistema de vendas a varejo.

Quando a moeda “talento” começou a circular foi inevitável a comparação entre ricos e pobres e logo alguém raciocinou: se não sou rico, não tenho uma quantidade suficiente de talentos em moedas, então devo procurar um diferencial de valor nas minhas habilidades naturais, para que possa me destacar. Devo substituir a minha carência em moedas por “ser o melhor” pedreiro, carpinteiro, pescador ou pastor de rebanhos da minha região. Assim, me valorizarão e o meu trabalho será bem pago. Com o tempo, o fato de alguém se destacar em algo passou a ser chamado de “talento” que é, exatamente, executar um trabalho tão bem que se diferencia dos outros.

or sua vez, Jesus usou a parábola dos Três Talentos para exemplificar que para desenvolvê-los é preciso disposição. Para quem não conhece a história, lá vai: um rico senhor chamou três servos e à medida do potencial de cada um deu-lhes uma quantidade de moedas. Para o primeiro uma, para o segundo duas e para o terceiro cinco. Passado um bom tempo, chamou-os de volta e perguntou: - O que vocês fizeram com os talentos que lhes dei? – O primeiro correu e rápido retirou debaixo de uma pedra o talento que havia ganho e falou – Eis aqui senhor, ganhei um talento e estou devolvendo um talento. Demonstrando desapontamento, o senhor disse: – Não era bem isto que eu queria. E tomou-lhe a moeda. Chamou o segundo e fez a mesma pergunta. E este respondeu: – Ah, eu gastei tudo com festas, bebidas e mulheres. – O senhor ficou triste com o desperdício de tanto talento. E finalmente chamou o terceiro e este lhe respondeu. – Ah, meu senhor, comprei gado, terras, fiz crescer a riqueza que me deste. Aqui estão os seus três talentos e mais o tanto que amealhei. – Era isso mesmo o que eu queria, respondeu o senhor. E juntando todas as moedas deu-as ao terceiro homem. Com isto, Cristo quis dizer: recebemos no início da vida alguns talentos, podemos deixá-los como recebemos, desperdiçá-los ou desenvolvê-los.


Em tempo: economistas calculam que hoje um talento valeria cerca de 60 mil dólares.
Quer se destacar e ganhar mais? – descubra o seu talento natural e trabalhe arduamente para aprimorá-lo. Muitos têm talentos, mas carecem de disciplina para aperfeiçoá-los e ficam pelo meio do caminho se lamentando da falta de sorte. Bobby Fischer, campeão mundial de xadrez, foi percebido como gênio aos 16 anos, mas, só depois de nove anos de estudo continuo é que virou Bobby Fischer. O sucesso, aquilo que sucede, não é fácil de ser obtido, ao contrário, requer trabalho árduo e disciplina rígida.

esquisadores da área comportamental, analisando a carreira de grandes realizadores, chegaram à conclusão de que só a prática constante faz o sucesso em qualquer profissão. Pelé fazia treinamentos abnegados depois do horário normal de treino. Enquanto os outros jogadores iam para casa, ele ficava batendo pênaltis centenas de vezes. Numa dessas, inventou a famosa “paradinha” que destacou ainda mais a sua carreira. O treinamento dedicado fez dele, além de um atleta habilidoso e forte, um dos raros jogadores do mundo a jogar, com maestria, em todas as posições, inclusive na de goleiro.

O melhor profissional de uma área é sempre aquele que dedica maior número de horas de estudo no aperfeiçoamento constante das suas habilidades. Será a prática constante, sistemática e regular que vai nos diferenciar dos outros. Carlos Goldoni, um dos maiores escritores da Commedia Dell Arte dizia: – faça o simples todos os dias e bem feito que você vira gênio.

Eloi Zanetti

terça-feira, 8 de abril de 2008

Internet já ameaça TV

Internet já ameaça TV

Segunda-feira, 07 de abril de 2008 às 19h26

Ainda é um movimento isolado, mas já reflete uma tendência mundial.

No Reino Unido, segundo as previsões do IAB - Interactive Advertising Bureau - o volume de dinheiro da publicidade destinado à Internet deve superar o destinado à televisão já no final de 2009. Chama a atenção a velocidade com que isso acontece.

É certo que o Reino Unido é a região do globo em que isso acontece com mais velocidade, mas a tendência está presente, também, nos Estados Unidos.

A explicação é simples: os computadores e o acesso à Internet se tornam cada vez mais acessíveis. A queda no preço dos notebooks é um movimento mundial.

Com isso, todo mundo - especialmente as gerações mais novas - fica mais tempo na frente da tela do computador do que na frente da tela da TV. Eu, que venho do mundo da televisão, e que cresci na frente de uma, enxergo nisso ventos legais.

Afinal, muitas vezes, as pessoas estão na frente do computador justamente assistindo TV - só que de outro jeito. E, falem o que quiserem, mas é melhor estar na Internet, onde pelo menos se pode ter alguma ação (a tão falada interatividade) do que na frente de programas quase sempre muito bobos, em que o telespectador pode, no máximo, parar e pensar: será que não tenho nada melhor para fazer com meu tempo?

fonte:http://olhardigital.uol.com.br/blogs/post.php?id_conteudo=5360