segunda-feira, 11 de março de 2013

Sustentabilidade nas empresas


Sustentabilidade nas empresas                              


Companhias promovem ações para estimular consciência ambiental e reduzir o impacto de suas produções no meio ambiente; mercado brasileiro já é o segundo no ranking mundial de consumo sustentável

Sejam públicas ou privadas, grandes empresas brasileiras já encabeçam ações de sustentabilidade com reconhecimento internacional. Crédito: Dow Química/Divulgação
Desde a última década, a sustentabilidade faz parte da agenda das principais empresas brasileiras públicas e privadas.
Os gestores do País já entendem que a adoção de soluções sustentáveis e ecologicamente responsáveis são cruciais não apenas para melhorar a imagem de suas empresas, como também para aumentar a competitividade e rentabilidade dos negócios.
Não à toa que seis em cada dez empresas nacionais sentem que as mudanças climáticas já produzem impacto diário em sua cadeia produtiva. Os dados são de estudo sobre o tema conduzido pelo Instituto Ilos, especializado em logística empresarial. Ainda segundo esse levantamento, quase metade das empresas brasileiras já possui políticas específicas para o setor de sustentabilidade.
As empresas acreditam que dois em cada três clientes já exigem soluções mais verdes para os serviços que contratam ou produtos que consomem.
E o mercado para o setor no País ainda tem muito para crescer. Segundo pesquisa realizada pela revista National Geographic em 2010, que investigou hábitos de 17 mil consumidores em 17 países, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de consumo sustentável. Atrás apenas da Índia, o País apresenta bons índices no uso de materiais renováveis em suas construções e no emprego extensivo de biocombustíveis. 
Sejam públicas ou privadas, grandes empresas brasileiras já encabeçam ações de sustentabilidade com reconhecimento internacional, por meio de certificações específicas. 
Conheça abaixo algumas delas:
Petrobras
Integrante do Dow Jones Sustainability Index, índice de sustentabilidade utilizado como parâmetro para análise dos investidores social e ambientalmente responsáveis, a empresa brasileira foi escolhida pela European Foundation for Management Development para promover um projeto-piloto para capacitar executivos com foco na responsabilidade social.
A Petrobras elaborou um documento, batizado de Diretrizes da Sustentabilidade, que congrega e prioriza as ações da companhia nesse segmento. As principais ações se dão na área de proteção da biodiversidade, ecoeficiência das atividades e operações, controle de contingências e interface social, econômica e cultural das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Amazônia. 
Paralelamente, a empresa desenvolve diversos projetos de inserção social, como a Rede de Reciclagem de Resíduos, que beneficiou diretamente cerca de 7,2 mil catadores de materiais recicláveis em cinco anos, por meio de 26 projetos desenvolvidos em nove estados. 
Banco do Brasil
O Banco firmou um compromisso junto ao Ministério do Meio Ambiente para a realização de ações sustentáveis em seus negócios, a Agenda 21. Esse documento norteia as atuações da empresa nessa área, caso, por exemplo, do Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que oferece linhas de crédito a empresas que promovam a sustentabilidade em suas linhas de produção. Além disso, a Fundação Banco do Brasil desenvolve diversas ações sociais voltadas para o desenvolvimento sustentável e o cuidado ambiental, como a capacitação dos apicultores do Piauí.
Caixa Econômica Federal
A política ambiental da instituição faz parte do Projeto Corporativo de Responsabilidade Social, que desenvolve uma cultura organizacional de sustentabilidade e faz com que empregados, clientes, fornecedores e parceiros pratiquem ações sustentáveis, além de estimular o uso de materiais recicláveis nas agências. 
Vale
Uma das empresas líderes globais no setor de mineração, a Vale iniciou em 2010 a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), protocolo baseado nas diretrizes do ISO 14001. O modelo fornece ferramentas para garantir a conformidade legal das atividades, produtos e serviços. 
A empresa também promove a recuperação de áreas degradadas e investe na pesquisa de novas tecnologias que permitem aprimorar os sistemas de controle ambiental, na gestão de resíduos e de produtos químicos. 
Furnas
Colabora para o Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal do Estado do Rio de Janeiro (Prove), além de encabeçar o projeto Coleta Seletiva Solidária, que já promoveu a reciclagem de 310 toneladas de materiais gerados na sede da empresa, no Rio, e em suas unidades regionais. Os materiais são repassados a associações e cooperativas de catadores de lixo. 
Itaipu
Bicampeã do Ranking Benchmarking dos Detentores de Melhores Práticas de Sustentabilidade do País, a Itaipu possui uma série de ações voltadas ao setor, com destaque para o projetoCultivando Água Boa, que reúne 22 associações de produtores agrícolas que investem em insumos orgânicos e obtêm renda ao praticar uma atividade que preserva o solo, sem aplicação de agrotóxicos. 
Braskem
Em parceria com a Plásticos Suzuki, a Braskem usa as sobras de sua produção industrial para a confecção de bancos, lixeiras e floreiras que já foram instalados em espaços públicos das cidades de Paulínia, em São Paulo, e Maceió, nas Alagoas.
denovo
A empresa produz tecidos ecológicos obtidos a partir de resíduos, com especial destaque para o plástico do tipo PET, responsável por 30% dos resíduos sólidos coletados nos municípios brasileiros. Além desse material, a denovo lança mão de sobras e retalhos de outras indústrias têxteis, que seriam descartadas. 
Dow Química
Criadas em 1995, as metas de sustentabilidade da empresa do ramo químico foram superadas em 2005, ano em que a companhia lançou novos objetivos para o ano de 2015. Reduzir o uso de energia em 25%, diminuir as emissões de CO2 em 2,5% ao ano e descobrir ao menos três inovações que aumentem a consciência sustentável da empresa são algumas das metas do grupo. 
Natura
Além de realizar a venda de refis em sua linha de produtos, a empresa agrega suas ações sustentáveis na marca Ekos. Em associação com 19 comunidades rurais espalhadas pelo País, a Natura promove o manejo sustentável dos ativos envolvidos na produção dos artigos dessa linha. 
Desde 2005, a empresa estimula a substituição de matérias-primas de origem animal por aquelas provenientes de fontes renováveis. Além disso, todas as embalagens dos condicionadores e dos refis são feitas com o chamado Plástico Verde, que é 100% reciclável e emite menos carbono em sua confecção que seus congêneres tradicionais.  
Wallmart
A empresa de supermercados concentra suas ações nas áreas de sustentabilidade em três eixos: clima e energia, resíduos e produtos. O primeiro deles tenta reduzir em até 30% o consumo de energia dos pontos de venda; o segundo implementa estações para o tratamento e reciclagem de todo o lixo produzido pelas unidades de venda, bem como a redução no volume das embalagens. 
O último pilar da área sustentável do Wallmart procura estimular o uso de produtos com alta preocupação ambiental, além de reduzir em até 70% a presença de fosfato em detergentes e sabões em pó usados na limpeza da rede até o próximo ano e oferecer ao menos um produto orgânico para cada categoria de alimentos comercializada. 



 http://revista.brasil.gov.br/especiais/rio20/desenvolvimento-sustentavel/sustentabilidade-nas-empresas-brasileiras

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mulheres EmpreendedorasII


Mulheres Empreendedoras
por Gustavo Wiesel

Segundo pesquisas, o povo brasileiro é considerado um dos mais empreendedores do mundo. São mais de 18 milhões de brasileiros ganhando a vida como empresários.
Entre estes, a força principal do empreendedorísmo vem das mulheres. Segundo dados estatísticos, 30% dos novos empresários no mundo, são formado por mulheres, sendo que no Brasil elas representam 40 % deste total.


Há vários fatores que contribuem para a presença da mulher de forma tão significativa neste contexto. As mulheres estão começando a valorizar as suas capacidades de forma mais ampla, redescobrindo seu potencial e com isso buscando suas realizações. Elas saíram do seu casulo para a felicidade de todos.


As mulheres tem uma grande capacidade de satisfazer as necessidades emocionais dos que com ela trabalham. O resultado disso, é uma forma equilibrada e harmoniosa de alcançar o seu próprio crescimento, refletindo-se nos serviços prestados. A necessidade de poder, para as mulheres está relacionado ao grau de influência que elas exercem no ambiente onde trabalham e não no tamanho da sala, nas mordomias, tamanho da equipe, tamanho do salário, etc.


Relacionamos outras características que contribuem para o empreendedorísmo feminino:


1. INTENSIDADE: Em tudo que fazem, elas se dedicam integralmente. O campo de visão da mulher por mais amplo que seja, sabe ser restrito.Este fato, passa para quem está interagindo com ela a sensação de que a comunicação não é virtual, ao contrário, está acontecendo em tempo real. A intensidade também está nos sentimentos que passa.

2. Afetividade: Sabe como ninguém ser afetuosa e guerreira, gentil e exigente.

3. Aptidão para a Negociação: Sabe apresentar as idéias levando em conta prazos e orçamentos.

4. Humildade: Valoriza as idéias dos outros, e sabe dizer "não sei fazer tal atividade" e pede ajuda - mostrando-se pronta para aprender.


5. Responsabilidade: Cumprimento de prazos, prometendo o que poderá cumprir.
6. Alto Astral: Sua necessidade de comunicação oral impulsiona risadas e boas histórias. Ela sempre tem um comentário a mais por fazer. Isto torna o ambiente mais leve.

7. Excelente ouvinte: Apesar de falar muito, também sabe ouvir e compreende com mais facilidade as necessidades dos outros. Ela sabe como dar um tempo aos outros e também para si.


8. Importância ao Autoconhecimento: Por ser extremamente assertiva a mulher analisa constantemente suas habilidades e dificuldades.


9. Organização: Começo, meio e fim, esta é a seqüência e a dinâmica de suas ações.

10. Flexibilidade: Por sua necessidade constante em cumprir vários papéis
( dona de casa, mãe, esposa, profissional, etc) desenvolveu a capacidade de adaptação as mais variadas situações.

Enfim, a mulher empreendedora se motiva principalmente pela busca da realização e por conseqüência, a felicidade. Eis porque ela esta despontando em tantos setores empresariais . Seu sucesso é tão evidente por uma simples questão, a felicidade é chegar ao seu limite de competência para melhorar sua vida e a dos outros.


A FELICIDADE ATRAI AS MAIORES VITÓRIAS.


Fonte:http://www.profissionaldesucesso.com.br/EmpreendedorismoAmulherempreendedora/tabid/1754/Default.aspx

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mulheres Empreendedoras




Faro mais apurado para identificar boas oportunidades e mais disposição para correr riscos. Essas duas habilidades colocaram as mulheres na liderança das estatísticas de empreendedorismo no Brasil.

Um estudo de abrangência mundial, feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e divulgado recentemente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), mostra que elas já são 52% das pessoas de 18 a 64 anos que abriram um negócio próprio nos últimos três anos e meio.

O porcentual caracteriza uma mudança histórica no País, já que os homens sempre lideraram. Em 2001, por exemplo, eles representavam 71%. A pesquisa revela ainda que, em 2007, de cada 100 brasileiras, 13 desenvolviam uma atividade empreendedora, índice que rendeu ao Brasil o 7º lugar no ranking mundial desse tipo de iniciativa.

Para o professor de empreendedorismo e inovação da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Tales Andreassi, um dos motivos de tanto sucesso é que as mulheres, assim como os mais jovens, têm mais liberdade para arriscar. "Por terem menos coisas a perder elas se sentem livres para correr riscos."

No caso dos homens, afirma ele, a cobrança da sociedade tem um peso maior. "Muitos homens são chefes de família e pensam duas vezes antes de sair do emprego para tentar algo novo. A carga é mais pesada e há uma cobrança social maior que a da mulher."

Outro motivo que tem levado o sexo feminino a empreender mais que o masculino, na opinião de Andreassi, já é bem conhecido pela sociedade, principalmente por elas: a distorção salarial. Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana da mulher, em março, com base na Pesquisa Mensal de Emprego das seis principais regiões metropolitanas brasileiras, revela que elas recebem, em média, 30% menos do que eles. E quanto maior o nível de escolaridade de ambos, maior a diferença, que chega a 40%.

"A opção por empreender tem sido a forma encontrada por elas para sair da empresa onde trabalham e conseguir melhores resultados financeiros com o seu próprio negócio", diz Andreassi. Para ele, o fato de as mulheres estudarem mais - 60% têm 11 anos ou mais de estudo, enquanto entre os homens o índice é de 52% -, também se reflete na taxa de empreendedorismo feminino. "Elas estão mais preparadas."

A empresária Iolani Tavares, de 44 anos, não hesitou em montar a Frutos da Amazônia, quando se deu conta de que os biscoitos que fazia com produtos do Pará não existiam no mercado.
"Começou por acaso, na cozinha da minha casa, fazendo para os amigos", lembra Iolani. Em 1995, ela montou a empresa, num processo tijolo por tijolo. Hoje, com 16 funcionárias e uma filial em Belém, sua terra natal, ela planeja colocar seus produtos nas prateleiras dos supermercados.


domingo, 4 de maio de 2008

Novo Consumismo





Novo consumidor valoriza empresas éticas e voltadas para o bem estar coletivo, constata TNS InterScience.

O comportamento do consumidor brasileiro não é diferente do consumidor de outros países. Segue a tendência global de valorização de marcas autênticas, da praticidade e das ações socialmente responsáveis.


Este movimento, chamado de “Novo Consumismo”, vem sendo sistematicamente observado em diversos estudos realizados pela TNS InsterScience, líder mundial no segmento de pesquisas de mercado Ad Hoc (sob encomenda).


Segundo Karina Milaré, diretora da área de Consumo da TNS InterScience, na agenda de decisões de compra do consumidor, atributos como honestidade, confiança e veracidade passaram a ser muito valorizados.


"Os estudos de marca mostram grandes oportunidades para que as organizações se posicionem de forma transparente e sinalizem o desejo concreto de construir relacionamento com os consumidores”, destaca.

Além da transparência, outro requisito que o consumidor valoriza nas empresas é o bem estar coletivo.

Um indício disso é o comprometimento com seus colaboradores, com as comunidades em que atuam e com o meio ambiente. Mas a preocupação com o coletivo não é responsabilidade exclusiva das organizações. Atitudes como reciclagem de lixo e economia de água, cada vez mais freqüentes no dia-a-dia dos consumidores, também são exigidas das organizações. Buscando o bem estar pessoal, entre os novos desejos do consumidor aparecem: a alimentação saudável, boas horas de sono, mais tempo livre e com a família, enfim, tudo para compensar o individualismo, a vida virtual e o ritmo acelerado da vida contemporânea.


A personalização, outra característica do Novo Consumismo, apresenta-se sob diversas faces: autenticidade (pessoas desejando sentir-se únicas, destacadas da massa); customização (consumidores que adaptam produtos, buscando soluções que atendam seu gosto e necessidades pessoais).

Milaré explica que atualmente existe uma tendência muito forte em relação à personalização, a chamada customização de produtos. “Hoje, o consumidor quer deixar tudo ‘com a sua cara’, imprimir o seu estilo, dar o seu toque”.


Outro fator que o consumidor preza é a originalidade, ou seja, a valorização de serviços e marcas genuínas. Essa mudança de comportamento exige respostas mercadológicas apropriadas.

Os consumidores procuram a proximidade verdadeira com as organizações. Nesse sentido, não basta parecer, é preciso ser. “O posicionamento tem que se materializar em ações concretas e features de produtos ou serviços que legitimem a mensagem publicitária. Relações com os consumidores dissonantes dos valores da marca trazem vulnerabilidade”, conclui Karina.




terça-feira, 22 de abril de 2008

Setor Produtivo X Meio Ambiente


Sábado 5/04/2008



Embalagens Pet


Utilizadas principalmente por indústrias de refrigerantes e sucos, as garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente só no Brasil, das quais 53% não são reaproveitadas. Com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Entre 1995 e 2005, a produção de PET, o plástico politereftalato de etila, para a fabricação de garrafas subiu de 120 mil toneladas para cerca de 374 mil toneladas, alavancada principalmente pela indústria de refrigerante.Agora, o que tem despertado a preocupação de ambientalistas e autoridades ligadas ao setor é o interesse crescente de fabricantes de cerveja por esse tipo de embalagem.

Duas pequenas empresas já usam o produto para comercializar chope em São Paulo, e uma terceira, em Recife, está testando resina plástica para embalagem de cerveja. Segundo a engenheira química Renata Vault, seriam necessários mais 4,5 bilhões de garrafas para atender à demanda das cervejarias.Além do problema com o descarte das unidades na natureza, especialistas chamam a atenção para o fato de hoje não haver responsabilidade jurídica sobre a destinação do material por parte de quem fabrica ou consome PETs. Diferentemente do que acontece com latas de alumínio, que pela reciclagem voltam a ser latinhas, PET não pode ser transformado novamente em garrafa.Apesar de 53% da produção ainda não ser reaproveitada, especialistas também lembram que a própria reciclagem não é a melhor opção.


“A reciclagem tem um custo muito alto para o ambiente”, diz Renata Vault, que também é autora do livro Ciclo de Vida de Embalagens para Bebidas no Brasil. Para fazer a reciclagem do excedente atual, seriam necessários 224 milhões de quilowatts por hora de energia elétrica e 120 milhões de litros de água. “O ideal seria a redução do uso deste tipo de embalagem”, afirma Renata. Sobre o baixo índice de reciclagem, a engenheira diz ser difícil dimensionar se é decorrente da falta de capacidade das recicladoras ou da dificuldade de coleta.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

domingo, 20 de abril de 2008

Sobre "Talentos"


Matéria : Talento X Potencial

Por Eloi Zanetti

Fonte:




A palavra “talento” designava um valor monetário, uma moeda criada por volta de 600 a.C. na Lídia, Ásia Menor. É possível que a moeda de metal tenha sido usada pela primeira vez na China, mas foi Creso, o rei dos Lídios, quem inventou uma liga de metais preciosos - ouro e prata - para garantir o valor fixo de câmbio. O sistema foi adotado pelos gregos, persas e por todos os povos com quem comercializavam. Só por curiosidade, também foram os lídios os primeiros a usar o sistema de vendas a varejo.

Quando a moeda “talento” começou a circular foi inevitável a comparação entre ricos e pobres e logo alguém raciocinou: se não sou rico, não tenho uma quantidade suficiente de talentos em moedas, então devo procurar um diferencial de valor nas minhas habilidades naturais, para que possa me destacar. Devo substituir a minha carência em moedas por “ser o melhor” pedreiro, carpinteiro, pescador ou pastor de rebanhos da minha região. Assim, me valorizarão e o meu trabalho será bem pago. Com o tempo, o fato de alguém se destacar em algo passou a ser chamado de “talento” que é, exatamente, executar um trabalho tão bem que se diferencia dos outros.

or sua vez, Jesus usou a parábola dos Três Talentos para exemplificar que para desenvolvê-los é preciso disposição. Para quem não conhece a história, lá vai: um rico senhor chamou três servos e à medida do potencial de cada um deu-lhes uma quantidade de moedas. Para o primeiro uma, para o segundo duas e para o terceiro cinco. Passado um bom tempo, chamou-os de volta e perguntou: - O que vocês fizeram com os talentos que lhes dei? – O primeiro correu e rápido retirou debaixo de uma pedra o talento que havia ganho e falou – Eis aqui senhor, ganhei um talento e estou devolvendo um talento. Demonstrando desapontamento, o senhor disse: – Não era bem isto que eu queria. E tomou-lhe a moeda. Chamou o segundo e fez a mesma pergunta. E este respondeu: – Ah, eu gastei tudo com festas, bebidas e mulheres. – O senhor ficou triste com o desperdício de tanto talento. E finalmente chamou o terceiro e este lhe respondeu. – Ah, meu senhor, comprei gado, terras, fiz crescer a riqueza que me deste. Aqui estão os seus três talentos e mais o tanto que amealhei. – Era isso mesmo o que eu queria, respondeu o senhor. E juntando todas as moedas deu-as ao terceiro homem. Com isto, Cristo quis dizer: recebemos no início da vida alguns talentos, podemos deixá-los como recebemos, desperdiçá-los ou desenvolvê-los.


Em tempo: economistas calculam que hoje um talento valeria cerca de 60 mil dólares.
Quer se destacar e ganhar mais? – descubra o seu talento natural e trabalhe arduamente para aprimorá-lo. Muitos têm talentos, mas carecem de disciplina para aperfeiçoá-los e ficam pelo meio do caminho se lamentando da falta de sorte. Bobby Fischer, campeão mundial de xadrez, foi percebido como gênio aos 16 anos, mas, só depois de nove anos de estudo continuo é que virou Bobby Fischer. O sucesso, aquilo que sucede, não é fácil de ser obtido, ao contrário, requer trabalho árduo e disciplina rígida.

esquisadores da área comportamental, analisando a carreira de grandes realizadores, chegaram à conclusão de que só a prática constante faz o sucesso em qualquer profissão. Pelé fazia treinamentos abnegados depois do horário normal de treino. Enquanto os outros jogadores iam para casa, ele ficava batendo pênaltis centenas de vezes. Numa dessas, inventou a famosa “paradinha” que destacou ainda mais a sua carreira. O treinamento dedicado fez dele, além de um atleta habilidoso e forte, um dos raros jogadores do mundo a jogar, com maestria, em todas as posições, inclusive na de goleiro.

O melhor profissional de uma área é sempre aquele que dedica maior número de horas de estudo no aperfeiçoamento constante das suas habilidades. Será a prática constante, sistemática e regular que vai nos diferenciar dos outros. Carlos Goldoni, um dos maiores escritores da Commedia Dell Arte dizia: – faça o simples todos os dias e bem feito que você vira gênio.

Eloi Zanetti